domingo, 30 de janeiro de 2011

*-*


Sorrisos tristes invadem a minha mente no dia de hoje. De repente, até os palhaços perderam a graça. Eu ligo a TV e vejo aquele programa que tanto me fazia sorrir, mas que hoje me parece tão sem graça quanto um prego na minha parede.
Talvez tudo isso seja culpa dos sorrisos. Sim, a culpa é toda deles, sorrisos malditos que esfriaram meu verão e fizeram chover no meu dia ensolarado. Não pensarei mais neles, apagarei o som das risadas macabras e as imagens desses sorrisos forçados de minha mente.
Tentem retirar o pior de mim, sorrisos! Venham! Garanto que só obterão o melhor, só terão de mim a graça de um piscar de olhos. Não temo sorrisos, meus caros. Temo lágrimas... lágrimas salgadas que caem devagar, induzindo minha mente a lembrar de minha infância perdida, onde tudo tinha um ar envelhecido e as árvores tinham cheiro de ferrugem.
Temo lembrar de momentos assim, me perco, me acabo e sofro. Sorrisos em minha mente são meras ilustrações da dor que eu fiz questão de esquecer, sorrisos malditos, forçados e felizes. Não quero sorrisos no dia de hoje, por isso durmo. Durmo porque em sonho me encontro numa atmosfera livre, mais leve e mais tranquila, onde não há lágrimas e não vejo esses sorrisos infelizes.

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